Colégio João XXIII está ainda mais acessível após as reformas

Adequações dos espaços aconteceram durante as férias escolares

Durante o recesso escolar, algumas áreas do Colégio passaram por reformas e adequações de espaços para torná-los ainda mais acessíveis, agradáveis e seguros para nossa comunidade escolar. Quem visitou o Colégio nesse período percebeu o quanto a escola é viva através da movimentação das equipes, dos caminhões e dos canteiros de obras em diversos locais.  

As obras iniciaram no dia 2 de janeiro e se encerraram no dia 12 de fevereiro. “É durante as férias dos alunos que aproveitamos para fazer as manutenções, pinturas, trocas de equipamentos e obras. Tudo precisa estar pronto antes do retorno dos professores e da chegada dos alunos”, diz Éder Stedill, subgerente administrativo. 

Essas intervenções aprimoraram alguns espaços para que todos os estudantes possam ter autonomia e segurança na escola durante o ano letivo. Elas vão impactar não somente a infraestrutura como um todo, mas principalmente a área pedagógica. A diretora Paula Poli diz que impacta pedagogicamente porque o aluno que estuda numa escola com esse viés inclusivo, terá um olhar preparado para receber, tornando-se mais receptivo, cuidadoso e atento ao outro, aqui e no mundo lá fora. 

“O importante é o aluno entender essas diferenças, quando ele olha para o lado e vê uma rampa e do outro uma escada, ele vai compreender que essas diferenças andam juntas. Propiciar a vivência desses mundos, os levará a uma reflexão de que todos precisam acessar os lugares da mesma forma. É isso que a escola tem de diferente, o olhar para o todo, para essa diversidade que é enorme. Perceber o colega com um olhar crítico e saber que ele tem esse direito e que bom que consegue estar aqui junto comigo”, destaca Paula Poli. 

Neste ano, para melhorar a acessibilidade será instalado um elevador no prédio 8, construída uma rampa de acesso e um banheiro PCD no prédio 7, construção de 1 banheiro PCD e a troca de pisos e nivelação dos mesmos nas salas do 2º ano do prédio 9. O subgerente administrativo afirma que “o compromisso principal da escola é a acessibilidade e acolhimento das crianças e jovens, para que tenham acesso à totalidade dos espaços e à educação que precisam”. Para a Ana Rita Loss, mãe da aluna Mariana Loss Santini, ressalta a importância dessas adaptações: 

“Elas vão tornar a vida de todos ainda melhor dentro do Colégio, principalmente da Mari. A rampa de acesso ao prédio 7 e as mesas adaptadas vão permitir que ela tenha condições de estudar na sala que é destinada ao 6º ano. A cada obra realizada, seja em relação à adaptação de salas e de banheiros ou rampas de acesso, o Colégio demonstra que está atento e preocupado com a inclusão das crianças”. 

Em relação à infraestrutura, a obra para colocação do pergolado tornou-se necessária pelas avarias que o gazebo sofreu com os temporais dos últimos dois anos. O Colégio buscou uma solução mais efetiva e resistente para proporcionar um espaço acolhedor e ao ar livre para a comunidade, alunos, famílias e funcionários, com a cobertura de policarbonato, permitindo um maior contato com a natureza. 

É importante entender de onde saem os recursos financeiros para a execução das obras. Adriana Goytacaz, gerente administrativo-financeira explica que eles se originam do Fundo de Investimento e do orçamento de Prédios e Obras. Ela destaca que “em 2024 o Colégio teve uma outra fonte de renda, uma doação do Brechó de Mães que foi utilizada para a construção do novo pergolado”. 

No prédio 2, onde funciona a secretaria escolar, na entrada do Colégio, foi realizada a troca do telhado, melhorias na rede elétrica e a ampliação do espaço, visando um acolhimento adequado para as famílias e consequentemente a melhoria no atendimento delas. Para essa reforma foi utilizado o Fundo de Investimento em 2024/2025. 

Ainda na parte de infraestrutura e com recursos do orçamento Prédios e Obras, os locais que passaram por melhorias foi a portaria que recebeu novas esquadrias, impermeabilização das paredes e ampliação da cobertura e o prédio da direção com a troca da parede de vidro por janela de correr. E, com recursos do PPCI (Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios) foi realizada a troca das portas do auditório 701/702. 

Antes de chegar na execução das obras, existe um processo a ser seguido. É importante destacar que o João XXIII tem um Comitê de Infraestrutura, formado por representantes dos setores administrativos, pedagógicos, alunos, pais, Direção Pedagógica (DP), Diretoria Executiva (DE) e manutenção. O Comitê acolhe as demandas e discute as prioridades. Essa discussão favorece muitos olhares sobre o mesmo assunto, pois envolve pessoas de diversas áreas. Dessa forma, o Comitê torna-se um grande diferencial em relação às demais escolas. 

As reuniões para alinhamento das necessidades de futuras obras e estudos de projetos começam a ser discutidos no 1º dia letivo e no mês de agosto são feitos os orçamentos para, em outubro, serem validados com o Conselho Deliberante e posterior encaminhamento às contratações dos serviços. A gerente administrativo-financeira destaca que “da parte que sai do orçamento se faz uma projeção sobre o que será executado em obras e de forma geral na manutenção geral do Colégio para o ano inteiro. Automaticamente a gente precisa equacionar tudo para o bom andamento do fluxo de caixa”.  

Para auxiliar a tomada de decisão do Comitê, desde 2019 o Colégio adota a matriz GUT, ferramenta de gestão que ajuda a definir a prioridade de problemas, considerando a gravidade, urgência e tendência de cada um, para entender quais as demandas que serão priorizadas para tomada de decisão. O subgerente administrativo explica que “as vezes uma demanda pedagógica não tem a urgência e gravidade necessárias para serem priorizadas, mas são importantes para o andamento da escola, então precisam ser priorizadas”. Éder participa do Comitê de Infraestrutura desde sua origem, o que facilita as conduções mais efetivas para o Colégio, sempre na linha da segurança.  

Além dos serviços contratados, a equipe de manutenção do Colégio faz as adequações internas nas salas de aula e nos demais espaços. Previamente é feito um mapeamento das necessidades de cada um deles, para depois elaborar um cronograma de execução para se esquematizar quando cada equipe (manutenção, TI e limpeza) entrará em ação para que se tenha fluidez na execução das demandas. A Adriana lembra que “as equipes de limpeza e manutenção são os nossos heróis invisíveis. Todos executam as demandas nas suas potências e grandezas, cuidando e cooperando com o trabalho do outro e que sem eles nada disso seria possível”. 

As pessoas que aqui trabalham, realmente atuam para o bem-estar e convivência de todos, com o sentimento de pertencimento à escola, conectados e participativos. Para a diretora Paula é muito importante mostrar e explicar os motivos das obras, para que os alunos valorizem tudo que é feito e quais os setores envolvidos. Ana Rita destaca a transformação da Mari, principalmente em 2024, quando ela estava na 5ª série do ensino fundamental. “Percebemos que ela estava mais à vontade no colégio depois das adaptações realizadas no ano passado. Por mais que ela não externasse, era perceptível ver o quanto ela estava mais tranquila e feliz”.  

A diretora ressalta que “isso impacta no bem-estar de todos, tanto em questão de conforto e acolhimento, quanto acessibilidade e segurança”.   

Fundo de Investimento 

Valor extra que é cobrado na mensalidade, geralmente em três parcelas anuais (agosto, setembro e outubro) para utilização no ano seguinte. Especificamente nesse ano, o valor pago pelas famílias foi diluído em cinco parcelas e utilizado nas obras do João XXIII. 

Caso a desistência da matrícula ocorra antes do início do ano letivo, serão devolvidos os valores do Fundo de Investimentos. Pelo regramento, a utilização do Fundo deve ser validada pela diretoria executiva e pedagógica e, posteriormente, aprovado pelo conselho deliberante.