Na noite desta terça-feira (04/07), o Serviço de Orientação Educacional e Psicologia (SOP) deu início ao ciclo de palestras “Diálogos em Educação” com a convidada Professora Karla Fernanda W. da Silva, que compartilhou um pouco da sua experiência na área da inclusão.
A educadora conversou com pais e profissionais da Escola sobre os desafios da inclusão, seus aspectos históricos e a necessidade ou não de diagnósticos. Karla trouxe a necessidade de termos um olhar para o sujeito quanto a sua forma de ser e estar no mundo: “Não interessa o que as pessoas têm, interessa quem elas são”.
Fazendo um breve retrospecto sobre a inclusão na sociedade, Karla recapitulou que, desde o início das civilizações, as pessoas “consideradas diferentes” eram excluídas e viviam à margem da sociedade. A inclusão acontece efetivamente a partir da sensibilidade humana e da colaboração e engajamento de toda a sociedade. Por isso, Karla defende que “a inclusão começa na gente”. Neste momento da conversa, ela perguntou quantas das famílias presentes eram pais de crianças típicas, e o levantar de mãos apontou que eram minoria.
No melhor formato e no jeito João de ser, a palestra virou uma grande roda de conversa e escuta afetiva, em que os pais puderam compartilhar suas experiências com seus filhos em casa e no contexto escolar. Temáticas como medicalização, bullying e acolhimento dentro da Escola e na sociedade foram compartilhadas também. Esta foi a primeira palestra do Ciclo de Estudos sobre Inclusão que o Colégio João XXIII está oferecendo às famílias neste ano. Desde o início de 2023, os profissionais, de todos os setores da Escola, Pedagógico e Administrativo, passaram por formações, como oportunidade de aprender, aprofundar e compartilhar saberes sobre a temática da inclusão.
“Agradecemos a presença da Karla, que retorna à Escola dando continuidade às reflexões iniciadas com o grupo de profissionais do Pedagógico, e às famílias pela disponibilidade de construirmos, juntos, essa caminhada”, comentou a Orientadora Educacional do 1º e 2º ano, Melissa Klein. “Aproveitamos para reafirmar que a inclusão não acontece a partir de recomendações técnicas, mas da sensibilidade humana e da colaboração e engajamento de toda a sociedade. Somos todos responsáveis pela mudança que tanto desejamos”, finalizou a Orientadora Educacional do 3º ao 5º ano, Taís Holosback.
No dia 08 de agosto, o SOP prepara um novo encontro, que terá a temática “Diálogos sobre o uso dos eletrônicos”. O convidado será o médico Daniel Spritzer, que é especialista em psiquiatria da infância e adolescência pelo serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e um dos autores do livro “Crianças bem conectadas: Como o uso consciente da tecnologia pode se tornar um aliado da família e da escola”.
