Novo Ensino Médio – o percurso

O Ensino Médio brasileiro encontra-se em processo de transição para a Lei Nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017, com um cronograma gradativo de implementação, com início na 1ª série de 2022. O Colégio João XXIII, em consonância com uma exigência legal, realizou nestes últimos anos uma ressignificação do currículo, desenhando uma nova arquitetura pedagógica para os jovens, com múltiplos olhares, e envolvendo os diferentes sujeitos do processo de aprendizagem e ensino. 

A transposição da lei, em uma escola que se compromete com a construção de um currículo em que ecoam múltiplas vozes, não se dá de forma direta. “Temos vivido tempos de pesquisa cotidiana, de incursão nos estudos sobre as culturas juvenis, de debates, reflexões e trocas, envolvendo estudantes e docentes e buscando a composição de contribuições das famílias. Nestes últimos anos, em especial a partir de 2020, tal qual um tear que surge da necessidade de transformAção, temos vivido a arte de cruzar fios, misturar cores e texturas e, assim, fazer crescer o Novo Ensino Médio do Colégio João XXIII”, explica a Coordenadora Pedagógica do Núcleo da Juventude, Ianne Ely Godoi Vieira. 

Segundo a coordenadora, a construção deste currículo emerge do desafio da tomada de consciência sobre: “Quem são os jovens do João XXIII? O que sabem? O que gostam? Quais são seus maiores desafios? Suas maiores potencialidades? Que evidências e indícios coletamos no cotidiano das suas formas de ser e estar no mundo?”. Ou seja, o ponto de partida e de chegada da nova arquitetura pedagógica são os jovens. 

Diante deste desafio, fez-se necessário um processo de articulação dos marcos legais que subsidie o Novo Ensino Médio com o projeto pedagógico do João e os arranjos desenhados para o Núcleo da Juventude. “O percurso de análise nos permitiu pensar e projetar novos modos de habitar a Escola, de identificar que somos capazes de inventar juntos(as) outro Colégio e um referencial curricular que se traduza como a construção de identidades sociais e culturais”, constata Ianne. 

Pular para o conteúdo