A festa mais aguardada de todas reuniu público diverso, engajado e solidário
No sábado, dia 14 de junho, ocorreu a nossa tão aguardada Festa Junina. A previsão de chuva não afastou nossa comunidade e nem tirou o brilho da nossa festa. O Colégio João XXIII recebeu aproximadamente 2500 pessoas, entre comunidade escolar, ex-estudantes, educadores e convidados. Assim como nos anos anteriores, numa ação de solidariedade, o João arrecadou, como ingresso, alimentos não-perecíveis para serem doados para uma instituição com fins sociais. Nesse ano, o Centro Social Madre Madalena, localizada no Morro Santa Teresa em Porto Alegre, receberá 375kg de alimentos.
A festa proporcionou momentos de diversão para as crianças com brincadeiras nas barraquinhas, com a dança das cadeiras e apresentações no palco central. Além disso, elas produziram kabuletês* na oficina organizada pela equipe do Joãzinho Legal. Os sons dos kabuletês ecoavam pelos espaços do João, proporcionando alegria para as crianças e momentos musicais singulares.
A música esteve presente durante nosso arraial, principalmente no palco do Pátio Central. Passaram por ali diversas atrações culturais e artísticas, de estudantes e da comunidade escolar. Nossos ex-estudantes marcaram presença no palco ao cantarem a canção do Colégio, momento eternizado em foto e vídeo e que ficará gravado nos corações de cada um que passou pela festa. Outro momento especial foi a apresentação da Quadrilha do Terceirão, que emocionou as famílias e encantou a quem assistia. Na sequência, todos foram convidados para o arrasta pé, ao som do violão e voz do professor Bob Bopsin.
O Terceirão, juntamente com o Grêmio Estudantil do João (GEJ), organizou a atividade do Celeiro, brincadeira destinada aos jovens, onde se pede para prender e soltar qualquer pessoa da festa. Uma das pessoas presas foi a Tina, nossa Coordenadora de Turno, que fez a alegria dos nossos estudantes. O GEJ, em parceria com o Colégio, proporcionou muita diversão para as crianças com o brinquedo inflável gigante.
Pensando na inclusão, o João Inclusivo preparou um espaço de acolhimento com um ambiente para regulação sensorial, destinado às crianças e jovens que precisassem se reorganizar. Assim como destinou um caixa para pagamento preferencial para crianças e jovens de inclusão e outro para lactantes, pessoas com crianças de colo, idosos e o público de inclusão.
O Clube de Imprensa divulgou seu jornal João Expressão e a Comissão Antirracista apresentou seu trabalho e falou sobre a culinária afro-indígena presente nas festas juninas. E, para quem tivesse interesse em comprar a camiseta da Comissão, poderia comprá-la na loja da Top Sul, no Prédio 2, na entrada do Colégio.
A culinária afro-indígena esteve representada pelo amendoim (paçoca e pé de moleque), milho verde cozido, bolo de milho, canjica e acarajé. Claro que o pinhão, quentão, pipoca, arroz de leite, churros, churrasquinho, cachorro quente, tapioca, espetinhos de frutas com chocolate e doces variados fizeram parte do cardápio e fizeram a alegria de todos que por aqui passaram na tarde festiva.
*Kabuletê
Kabuletê, também escrito como “cabuletê”, é um instrumento musical de percussão de origem africana, trazido para o Brasil durante a época da escravidão. É feito de um pequeno tambor com couro em ambos os lados e um cabo, ao qual estão presas duas sementes por barbantes. Girando-se o cabo, as sementes batem no couro, produzindo um som característico. O kabuletê é utilizado em brincadeiras infantis, musicalizações e rituais religiosos afro-brasileiros. É um instrumento popular com o qual as crianças exploram a coordenação motora e a percepção auditiva ao produzir sons diferentes. Ele também auxilia no desenvolvimento da percepção espacial e auditiva e na coordenação motora das crianças. Embora seja de origem africana, o kabuletê também é utilizado por povos indígenas, que o adaptaram e o incorporaram em suas manifestações culturais.
Para saber mais sobre o kabuletê, clique aqui.
Por Renata Lages A. Eberhardt
Confira alguns registros da nossa festa:
