… o ex-estudante Francisco de Britto Hagemann
O nosso ex-estudante Francisco Hagemann, cursa atualmente o 7º semestre de Direito e integra um grupo de pesquisa sobre propriedade intelectual e a equipe de competição da atividade de extensão do Centro de Estudos e Pesquisas em Propriedade Intelectual da UFRGS.
A equipe de competição foi a única selecionada da América Latina para participar das rodadas orais da 22ª edição da Oxford International Intellectual Property Moot. A disputa ocorreu presencialmente, entre os dias os dias 19 a 22 de março de 2025 na Universidade de Oxford, na Inglaterra.
Na fase oral da competição, participaram 32 equipes de todo o mundo. O caso foi apresentado por três oradores, com o apoio do Francisco Hagemann e de mais três colegas da equipe, com a direção da professora responsável. Os materiais são desenvolvidos baseados no caso fictício elaborado por especialistas do Centro de Propriedade Intelectual da Universidade de Oxford. As equipes com os melhores desempenhos, nessa fase escrita, são convidadas para as rodadas orais, que acontecem presencialmente na Inglaterra, perante juízes convidados da Suprema Corte do Reino Unido. A equipe do Francisco conquistou o prêmio Professor David Vaver “Spirit of the Moot Award”, entregue durante um jantar de encerramento no salão da universidade.
“Esse prêmio reconhece tanto a excelência acadêmica quanto de fato o espírito da competição. Ele é dado para a equipe que teve um bom resultado acadêmico, se sobressaindo na competição, e quem também conseguiu aproveitar melhor a oportunidade, criando conexões culturais, networking e fazendo novas amizades”, nos conta Francisco.
Após a competição os colegas do Francisco retornaram ao Brasil enquanto ele seguiu viajando. Um dos locais visitados foi Paris, onde encontrou uma amiga que faz mobilidade acadêmica no sul da França, Mariana Falkemback, ex-estudante do João e graduanda de Relações Internacionais na PUCRS. Ele nos conta que essa amizade surgiu ainda no Colégio, onde estudou por 11 anos, quando entrou no 1º ano do Ensino Fundamental em 2010 e saiu em 2021 quando se formou no Terceirão. Ele destaca que além das amizades que levou para vida, as vivências e aprendizados adquiridos ao longo da trajetória escolar no Colégio João XXIII, fizeram com que conquistasse esse prêmio tão relevante para a área acadêmica.
“Durante a minha jornada escolar, participei de diversas atividades, entre elas um intercâmbio para Londres, a Feira de Profissões, visitas às universidades e debates com profissionais de diversas áreas. Eu não deixei escapar nenhuma oportunidade que o Colégio proporcionou, pois foram elas que me ajudaram a confirmar a minha escolha em Direito, porque eu pensava em ser Diplomata”.
Para ele, estudar nunca foi um problema pois adorava as aulas de geografia, inglês, história. Lembra com carinho da professora Aline de português, do professor Cássio de matemática e do professor Artur.
“O Colégio tem ótimos professores e o vestibular não foi algo terrível porque eu sempre estudei bastante e a minha formação foi muito sólida porque contou com excelentes professores que detinham o conhecimento e eu tinha a disponibilidade e vontade de aprender. Foi uma troca que deu certo, porque meu vestibular foi mais tranquilo do que eu imaginava e eu ainda tive tempo de fazer um mochilão de 40 dias com minhas amigas, todas ex-estudantes do João XXIII, pela França, Alemanha, Áustria, Holanda, Bélgica e República Tcheca”.
Ele ressalta que esse tipo de viagem é importante para o aprendizado de outras línguas, enriquecimento de vocabulário, vivências com culturas completamente diferentes da nossa e a troca de experiência durante todo o período no exterior.
Após entrar na UFRGS, ele participou em alguns grupos de pesquisa, entre eles o de Direito Internacional e outro de preparação para competições internacionais, como o que aconteceu em Albânia, sobre Direito Internacional e Humanitário, que regula os conflitos armados e situações de guerra. A competição simula tribunais e os estudantes conduzem as hostilidades atuando como profissionais do Direito.
“As competições internacionais são bem grandes e me fazem brilhar os olhos e eu sempre gostei dessa questão mais aberta e globalizada, de fusão cultural. Porque no final, o mundo é um só e estamos todos interligados”, afirma Francisco.
Como ele gosta de música e arte e teve contato com propriedade intelectual desde o início da graduação, ele percebeu o quanto essa área é densa e decidiu se inscrever para integrar a equipe de competição da atividade de extensão do Centro de Estudos e Pesquisas em Propriedade Intelectual. Os inscritos passam por um processo seletivo, com análise de currículo e entrevista em inglês. Francisco reforça a importância de ficar atento às oportunidades que surgirem durante a vida escolar e na graduação. E ele aproveitou todas as que o João ofereceu e que contribuíram para o crescimento pessoal e acadêmico.
“Aprendi muito em todos os sentidos e o Colégio contribuiu para que eu tivesse a cabeça aberta para aproveitar as oportunidades, aprender com os meus professores e a respeitar as diferenças e o tempo de cada um. É preciso ser curioso, porque não existe um único caminho, uma única forma para ter sucesso. Façam trocas com pessoas que entendam do assunto e ocupem os espaços de aprendizagens que o colégio e a universidade oferecem. Estejam atentos e aproveitem!”.
Por Renata Lages A. Eberhardt








