Projeto em formato de Iniciação Científica abre caminhos para o Novo Ensino Médio

Durante a Mostra Cultural e Científica do Colégio João XXIII, que aconteceu entre os dias 24 e 27 de novembro, foram apresentados os trabalhos das turmas de 9º ano do Projeto Cartografia. 

A proposta deste projeto articula-se como um elo para o novo Ensino Médio. A arquitetura desta abordagem contempla módulos obrigatórios no primeiro e segundo semestre, alicerçados na investigação científica e na escolha de projetos com orientação de “professores-guia”. As atividades do primeiro módulo do projeto foram iniciadas em maio até julho, e o segundo módulo do final de agosto até novembro.

Segundo a professora Josiele, que é umas das avaliadoras,  “o projeto cartografia estimula o estudante a construir o conhecimento por meio do exercício da curiosidade, que instiga a imaginação, a observação, os questionamentos, a elaboração de hipóteses e a chegada a uma explicação epistemológica. O projeto incentiva a pesquisa para que o aluno seja o sujeito e não o objeto de sua aprendizagem.”

Desde o início do ano, o corpo docente vem propondo debates e possibilidades de reflexão sobre o projeto de vida de cada estudante, e essas propostas se concretizam com o Projeto Cartografia. Além disso, o trabalho serve também para preparar os estudantes para o Novo Ensino Médio, incentivando-os  a pesquisarem sobre temas que sejam do seu interesse, buscando professores-guia que saibam sobre o assunto e possam  apoiá-los para que o estudante tenha autonomia e seja o protagonista. 

“É papel da escola auxiliar os estudantes a aprender a se reconhecer como sujeitos, considerando suas potencialidades e a relevância dos modos de participação e intervenção social na concretização de seu projeto de vida. É, também, no ambiente escolar que os jovens podem experimentar, de forma mediada e intencional, as interações com o outro, com o mundo, e vislumbrar, na valorização da diversidade, oportunidades de crescimento para seu presente e futuro.”  (Base Nacional Comum Curricular)

Além de abordar as escolhas de vida, o Cartografia é o primeiro contato dos estudantes com um projeto de pesquisa, como os que são realizados em universidades, mestrados e doutorados. Um dos orientadores da área de humanas, o professor de história Rogério Carriconde, reforça a importância desse contato mais científico já no 9º ano:  “Os estudantes aprenderam como pesquisar, o que é até uma forma de combate às fake news, por exemplo. Entendem como fazer citação, como criar uma hipótese, o que é metodologia, quais são os objetivos , saindo do senso comum da sala de aula para o senso filosófico científico“. 

O Projeto Cartografias  chama a atenção por essa iniciação científica ainda na adolescência : são estudantes, em média com 14 anos, que já começam a descobrir uma nova forma de criar seus projetos. Magali Koepke, mãe de dois estudantes do   9º ano, esteve no Colégio assistindo à apresentação do filho e ficou surpresa com o resultado. Ela traz a sua percepção de mãe sobre a forma como esse trabalho científico foi desenvolvido: “Uma forma bastante lúdica, prazerosa, isso que é o mais importante… Eles estão praticamente brincando e fazendo o trabalho. Estou muito feliz.”  

Além de montar o projeto, os estudantes fizeram banners e apresentaram-nos para colegas, professores e convidados, exatamente como uma apresentação científica. Foram vinte e cinco trabalhos apresentados durante a Mostra Cultural e Científica. Um dos projetos eleito como destaque foi o do estudante Antônio Ambrosini Pasquotto, que, orientado pelo professor de música Mateus Zanolla, pesquisou sobre “Edição de áudio em um smartphone” e recebeu o troféu de investigação científica.  Todos os estudantes receberam medalhas pela participação. 

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