Experimentação, irreverência e protagonismo permearam a noite gótica
A 20ª edição da Mostra de Curtas do Colégio João XXIII — um projeto que nasceu há mais de duas décadas e, desde então, tem sido um espaço de criação, expressão e pertencimento das nossas juventudes. Cada curta que veremos hoje é resultado de um processo intenso de estudo, escrita, experimentação e, sobretudo, de trabalho coletivo. São narrativas que unem as diferentes áreas do conhecimento como ferramentas para traduzir o mundo, com a coragem, a sensibilidade e a irreverência que só os jovens têm.
A estética gótica que inspira esta edição — Entre Luzes & Sombras — nos convida a olhar para dentro, a encarar nossos medos, contradições e desejos. E o cinema, como sempre, é o espelho onde nos vemos refletidos: com luz, com sombra e com vida.
Jurados dessa noite especial:
- Aletéia Selonk – Produtora audiovisual, professora e pesquisadora do curso de Tecnologia em Produção Audiovisual da PUCRS onde também coordena o projeto do TECNA – Centro Tecnólogico Audiovisual do Rio Grande do Sul.
- André Hernandez – Sócio do Café Mal Assombrado, criador do tour POA Mal Assombrada e músico na banda Lítera.
- Cecília Schröeder Catarino – Produtora audiovisual, premiada pela Associe Críticos de Cinema do RS por melhor filme de ficção.
- Isabelle Rieger – Graduanda em jornalismo pela UFRGS e Letras pela PUCRS, ganhou prêmio SET Universitário de Comunicação na categoria Fotografia. Escreve prioritariamente sobre cultura, meio ambiente e educação.
- Kiko Ferraz – Produtor de Som, professor, locutor e artista premiado no cinema nacional.
Os curtas apresentados na Mostra foram: Logstein, Hematos, Amir, Raízes do Fim, Em busca de respostas, Minha loucura, Em nome do pai, Chama interrompida e Ouroboros.
As Categorias e os Premiados:
- Melhor Edição e Montagem: Curta que se destacou na pós-produção — com ritmo, cortes e transições que fizeram a narrativa fluir e emocionaram o público: “Ouroboros”.
- Melhor Elenco: Grupo de atores e atrizes cuja química e naturalidade deram vida às histórias com intensidade e coerência: “Em nome do pai”.
- Melhor Caracterização: Trabalho de figurino, maquiagem e cabelo que ajudou a construir a identidade dos personagens e o clima de cada cena: “Logstein”.
- Melhor Trilha Sonora: Curta que melhor usou a música e os sons para criar atmosfera, reforçar emoções e enriquecer a narrativa: “Chama interrompida”.
- Melhor Fotografia: Estética visual mais marcante — enquadramentos, luz, cores e movimento de câmera que transformaram imagens em emoção: “Em nome do pai”.
- Melhor Roteiro: História mais bem construída: original, coerente, com diálogos envolventes e uma narrativa capaz de prender o espectador do início ao fim: “Ouroboros”.
- Melhor Curta: É o grande prêmio da noite. Considera todos os aspectos — roteiro, elenco, fotografia, trilha e impacto — para celebrar o filme mais completo e inesquecível da Mostra: “Em nome do pai”.
Além da premiação nas 7 categorias, uma das juradas, Aletéia Selonk , da produtora Okna Produções Culturais, dará 3 bolsas para que eles possam dar continuidade aos curtas.
Os estudantes se dedicaram com paixão e às famílias que confiam e acreditam em um projeto de educação que forma sujeitos criativos, críticos e humanos. Foi uma noite festiva onde a arte esteve presente em cada detalhe e juventude teve protagonismo num espaço de invenção e esperança que é o Colégio João XXIII.
Por Renata Lages A. Eberhardt
Confira os registros da Mostra de Curtas:
Curtas Premiados:
Fotos Gerais:
