Desvendando a Matemática do João: famílias do 2º ano conhecem como acontece o trabalho em encontro com as professoras 

Para que as famílias conheçam e compreendam melhor a forma como a Matemática é trabalhada no Colégio João XXIII, a Coordenadora do 1º ao 5º ano, Amanda Dornelles, a Orientadora Pedagógica do 1º e 2º ano, Melissa Klein, e professoras das turmas 2B – Bárbara Durgante, 2D – Marinna Schmal, 2F – Narayana Niedersberg e 2H – Letícia Westphal acolheram as famílias para uma conversa. A intenção desse momento de formação e estudo foi apresentar as nossas concepções pedagógicas e um pouco do que acontece no dia a dia na Escola, isso para que em casa as famílias possam, com maior segurança e assertividade, contribuir na mediação dos processos de aprendizagem das crianças. Esse formato de reunião é tradicional no 1º ano, mas neste ano a Equipe Técnica ampliou os encontros nesse mesmo formato de reunião, com os pais de todas as turmas dos Anos Iniciais – 1º ao 5º ano. Foram escolhidas temáticas significativas para cada ano, sempre considerando o percurso das aprendizagens ao longo da trajetória no Núcleo da Infância.

Durante a apresentação, as professoras explicaram que a Escola adota a perspectiva construtivista para os mecanismos de aprendizagem escolar: os alunos atuam com o objetivo de produzir o conhecimento, reorganizando seus conceitos e procedimentos em direção aos fundamentos próprios da Matemática. As docentes promovem situações de aprendizagem e acompanham o processo mediando e desafiando seus alunos. A situação didática é concebida como um momento de aprendizagem, não de ensino, e envolve as etapas de ação, formulação, validação e institucionalização.

Guiadas pela Base Curricular Nacional, nos diferentes anos/séries, as unidades trabalhadas envolvem os números, álgebra, geometria, grandezas, medidas, probabilidade e estatística. O diferencial do João está na forma como as crianças chegarão ao resultado. Esse processo de aprendizagem é guiado pela curiosidade e construído através de hipóteses pensadas de forma individual e coletiva, compartilhadas entre as próprias crianças e acompanhadas pela professora regente.  

A Escola valoriza as diferentes formas de representação e resolução, hipóteses trazidas pelas crianças em diferentes contextos. Busca-se variadas estratégias de pensamento. Dessa forma, o trabalho não está estruturado basicamente na ideia de progressão de dificuldade. Os alunos exercitam os “jeitos” demonstrados pelos colegas e conhecem algoritmos alternativos apresentados pela professora, até chegar ao cálculo tradicional (conta “armada”). 

O encontro ainda reservou um momento prático com as famílias. Um problema matemático foi compartilhado, e os adultos tiveram que resolver do seu jeito. Após, algumas estratégias foram apresentadas para o grupo e mediadas pela Professora Bárbara. “É sempre interessante poder vivenciar o que está sendo abordado. Todos nós, mesmo adultos, internalizamos melhor o que está em questão se for experienciado”, comentou a Orientadora Melissa.   

No dia a dia, ao acompanhar o caderno ou o tema das crianças, as famílias sempre ficam em dúvida sobre quanto e como intervir na atividade. Ao final do encontro, as professoras deram dicas de como os pais podem auxiliar a criança:

– busque ouvir e saber como o seu filho está pensando, que caminho matemático ele está percorrendo;

– valorize o pensamento de seu filho, preocupando-se mais com o processo do que com o resultado; 

– não antecipe cálculos armados e deixe a criança resolver com suas estratégias;

– brinque e jogue muito; 

– aproveite situações do cotidiano para explorar a Matemática de forma lúdica;    

– “menos é mais” no momento do tema de casa. Se não souber como ajudar, anote as dúvidas que surgiram e peça para que a criança leve as anotações para a professora e os colegas ajudarem na resolução.

Além disso, as famílias ainda receberam indicações de brincadeiras e jogos que promovem o pensamento cognitivo e o raciocínio lógico de forma lúdica, interativa e divertida.

O trabalho da Matemática, também contextualizado pelos projetos, é um diferencial do Colégio João XXIII, visto que aproxima essa linguagem dos problemas do cotidiano e oportuniza um aprendizado significativo às crianças. É possível observar um exemplo disso em uma turma do 2º ano que chegou ao teorema de Pitágoras, pois queriam medir uma árvore do estacionamento da Escola a partir de um projeto de trabalho sobre os Baobás.

“Esperamos que as nossas crianças tenham, a partir das experiências que oportunizamos, belas memórias matemáticas e que não tenham medo de pensar e dizer como pensam. A Matemática não pode continuar sendo vista como era antigamente, como uma disciplina difícil, segregadora e para poucos”, finalizou Melissa.