A construção de um ambiente escolar mais seguro e saudável
No dia 28 de maio, nos turnos da manhã e tarde, as crianças e jovens participaram da ação Pause e Pense, com o tema “Conviver é aprender: construindo relações saudáveis”, teve diversas atividades relacionadas à prevenção do bullying e no fortalecimento das relações.
O Colégio João XXIII tem como princípios fundamentais em sua proposta educativa o respeito e a empatia. A partir dessa perspectiva, o incentivo à expressão de ideias e sentimentos de forma construtiva e responsiva no coletivo escolar são muito presentes.
Essas atividades fazem parte de um projeto maior, trabalhado no decorrer do ano, que abrange o significado de bullying, suas configurações e consequências, abordados em debates em diferentes oportunidades e modalidades.
As equipes pedagógicas das cinco etapas, Educação Infantil, do 1º ao 4º, do 5º ao 8º ano e do 9º ano do Ensino Fundamental (EF) à 3ª série do Ensino Médio (EM), organizaram para o dia 28, um momento de pausa e reflexão sobre a temática, com sessões de cinema, seguidas por rodas de conversas, trabalhos em grupos, identificação das vivências e desafios a serem enfrentados no cotidiano escolar e registros do que foi debatido nas turmas.
Na Educação Infantil, crianças e educadores assistiram curtas metragens que abordam o respeito às diferenças e a importância de gestos afetivos, para estabelecer uma convivência amistosa. Para as turmas de 1º e 2º ano do EF, os curtas abordaram o trabalho em equipe, oportunizando a reflexão de como as qualidades do outro podem auxiliar na resolução de conflitos de forma respeitosa.
As turmas de 3º e 4º ano, assistiram um vídeo sobre empatia e logo após debateram sobre esse sentimento. Os jovens do 5º e 7º ano, conversaram sobre as dificuldades em acolher colegas portadores de deficiência e o bullying sofrido por eles e a importância do apoio e amizade para superar esses desafios. A sessão de cinema para os estudantes do 6º ano trouxe a reflexão sobre um garoto que se sente estranho na escola e até mesmo em sua família. E o 8º ano o filme debateu sobre a história de um adolescente cego que tenta lidar com a mãe superprotetora ao mesmo tempo em que busca sua independência e a descoberta da sua sexualidade. Após as sessões de cinema, tanto as crianças quanto os jovens puderam expressar suas ideias através de rodas de conversa e trabalhos em grupo, elencando os principais desafios sobre exclusão, bullying e desrespeito e as soluções para cada um deles.
Os jovens do 9º ano do EF à 3º série do EM, sob a temática “Sistematizando caminhos de ação: a turma como protagonista na construção de relações saudáveis”, participaram, durante o semestre, de rodas de conversa com o professor Guido, com análise de violências simbólicas e práticas de exclusão no ambiente escolar. Eles foram convidados a transformar esses pensamentos e ideias em ações concretas de promoção da cultura do respeito e na construção de relações mais saudáveis. Posteriormente, os representantes de turma irão se reunir para consolidar as proposições e elaborar um manifesto coletivo, simbolizando o compromisso dos estudantes com a construção de um ambiente escolar mais seguro, respeitoso e acolhedor.
Para enriquecer ainda mais esse projeto, o Núcleo de Formação do Colégio XXIII convidou Renato Caminha para promover uma reflexão ampliada sobre bullying, cyberbullying, redes sociais e convivência, articulando os papéis complementares da família e Escola. Esse momento aconteceu de forma online e contou com a participação da comunidade escolar e educadores, com a mediação da psicóloga escolar do Núcleo da Juventude, Vanessa Aquino e do professor Lucas Neves.
A palestra abordou vários conceitos e perspectivas a partir de exemplos conectados com as Juventudes, como por exemplo a série Adolescência, da Netflix, o Dix no Instagram (perfil privado que jovens utilizam para se comunicar e compartilhar conteúdo com um grupo seleto de amigos), o Discord (rede social muito popular entre jovens, mas que hoje está repleto de discursos de ódio, abusos e automutilação). A comunidade escolar participou ativamente enviando perguntas ao Renato sobre todos esses temas.
Durante a palestra, Renato reforça que “a Escola tem um papel regulador, mas que deve ser endossado pelas famílias. A Escola é uma parte da educação das crianças e dos jovens e não “a educação” deles”.
No João existe um propósito compartilhado: a formação integral dos jovens e crianças, em relação à articulação entre o tempo humano e o tempo da Escola, que possibilitam a criação de uma arquitetura educativa e organizacional por Núcleos da Infância (da Classe Bebê ao 5º ano do EF) e da Juventude (6º ano do EF ao EM).
Esse sistema orgânico e integrador das diferentes fases da vida e das etapas escolares considera os estudantes em suas especificidades emocionais, cognitivas, sociais e culturais, bem como em seus tempos contínuos de desenvolvimento e aprendizagem.
Assista na íntegra a palestra do Renato Caminha, no YouTube, clicando aqui.
Não deixe de assistir nosso podcast PodJoão sobre “Juventudes – o que temos a aprender, Escola e Família, sobre nossos jovens?”, nesse link.
Saiba mais sobre o palestrante Renato Caminha:
Educador parental, pesquisador em empatia, emoções, regulação emocional, educação socioemocional, palestrante, professor e pesquisador sobre Psicoterapias Cognitivo Comportamentais. Conferencista internacional com ênfase em Psicoterapias Cognitivas na Infância e Transtorno de Estresse pós-traumático. Coordenador do curso de especialização em Psicoterapias Cognitivo-Comportamentais na Infância e Adolescência do Instituto de Terapias Cognitivo-Comportamentais (InTCC).
Por Renata Lages A. Eberhardt
Confira a cobertura fotográfica sobre o dia Pause e Pense:






























